29/01/08

Chutney de maçã e pimento vermelho

Mais uma das minhas prendas de Natal para os amigos…era para ser segredo... mas está aqui porque a farófia exigiu… aliás, eu nunca fui muito boa a guardar segredos! Verdade seja dita, a receita nem é minha, mas sim do livrinho a que costumo chamar a minha bíblia de compotas e conservas (e que podem ver como fundo da foto).

Ingredientes:

500 g de maçãs
500 de pimentos vermelhos
2 cebolas médias
2 dentes de alho
½ chávena de sultanas
1 chávena de vinagre de sidra (250 ml)
½ chávena de vinho branco seco
2 ½ chávenas de água
1 ½ açúcar mascavado escuro (brown sugar)
2 ou 3 malaguetas
1 colher de chá de cravinho

Descascar as maçãs e cortá-las aos pedaços. Cortar também o pimento. Picar a cebola e esmagar o alho. Juntar todos os ingredientes num tacho grande, com excepção das malaguetas e do cravinho. Colocar estes 2 temperos numa gaze (ou pedaço de tecido fino), atada com linha, que se coloca no tacho. Deixar cozinhar, destapado, mexendo ocasionalmente, até que as maçãs e os pimentos estejam tenros e uma parte do líquido se tenha evaporado. Colocar em frascos esterilizados e só fechar quando o chutney tiver arrefecido.

Nota: para estar mesmo no ponto, o chutney só deveria ser consumido 2 ou 3 meses após a confecção. Mas a verdade é que este não teve muito tempo para descansar nos frascos!

27/01/08

Bolo de claras e canela

Esta receita, retirada do blogue da talentosa Filipa, é uma excelente solução para aproveitamento de claras, sobretudo para quem, como eu, não suporta molotof, nem farófias (desculpa amiga, mas o nome é engraçado, o sabor é que não). Barrado com um pouco de manteiga e acompanhado por um chá quente, este bolinho é uma boa opção para um lanche de Inverno.

Ingredientes:

7 claras
(fiz com 6 claras + 1 ovo, pois não ia deixar uma gema órfã no frigorífico)
150 g açúcar
5 colheres de sopa de óleo
200 g de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
(coloquei mais fermento do que na receita original, pois uso sempre farinha sem fermento)
1 colher de sobremesa de canela em pó

Num recipiente, misturar a farinha, o fermento e a canela. Bater as claras em castelo. Noutro recipiente, bater o açúcar com o óleo. Depois, acrescentar alternadamente a mistura da farinha e as claras. Levar o bolo ao forno numa forma redonda (com cerca de 22 cm de diâmetro, pois o bolo não é grande), previamente untada. Depois de cozer – cuidado que o bolo coze rápido -, deixar arrefecer e polvilhar com açúcar e canela.

23/01/08

Tarte de Iogurte com Frutos Silvestres

Esta é uma das minhas 20 sobremesas favoritas… é que doces é mesmo comigo, adoro fazê-los e ainda mais comê-los… A receita original, retirada d’ O Livro Doce da Nestlé, é feita com rodelas de ananás e framboesas para enfeitar mas segui a sugestão da minha amiga Pipoka (que é muito sofisticada) e passei a utilizar os frutos silvestres… pois se a tarte já era gulosa, agora garanto que fica irresistível!!! Para as nossas amigas que estão em férias de Verão é uma óptima sugestão a experimentar...

Ingredientes (massa):
2 colheres de sopa de leite condensado
225 g de farinha
1 gema
30 g de açúcar
1 pitada de sal
100 g de margarina

Amassa-se a farinha com a gema, o sal, o açúcar, o leite condensado e a margarina cortada aos pedaços. Tapa-se e coloca-se no frigorífico a repousar durante 1 hora. Aquece-se o forno a 200º, unta-se a forma com margarina e forra-se com a massa previamente estendida com o rolo. Vai ao forno durante 20 minutos. Deixa-se arrefecer e começa-se a preparar o recheio.


Ingredientes (recheio):
Resto do leite condensado (embalagem de 250 g)
2 iogurtes naturais
2 colheres de sopa de sumo de limão
Raspa de ½ limão
5 folhas de gelatina incolor
2 dl de natas
6 colheres de sopa de água (para dissolver as folhas de gelatina)

Demolha-se as folhas de gelatina. Mistura-se aos iogurtes o leite condensado, a raspa e sumo de limão. Aquece-se a água e dissolvem-se as folhas de gelatina, junta-se à mistura do iogurte e mexe-se muito bem. Coloca-se no frigorífico para solidificar um pouco. Bate-se as natas que se misturam ao preparado que esteve no frigorífico. Coloca-se o recheio na base da tarte arrefecida e volta-se a colocar no frigorífico.

Quando a tarte estiver solidificada (pelo menos 3 a 4 horas) prepara-se a cobertura com os frutos silvestres (a quantidade é a gosto), cerca de 250 g com 5 colheres de açúcar. Coloca-se os frutos silvestres com o açúcar numa panela, até dissolver o açúcar e ganhar sabor (não deixar ferver o preparado para não desfazer os frutos). Após arrefecer, dispõe-se este preparado sobre a tarte e já está!!!


21/01/08

Peixe-espada no forno com sumo de limão

Já referi algumas vezes no blog que o peixe não é um dos meus alimentos preferidos e, como sei que faz falta para uma alimentação equilibrada, quando o faço tento disfarçar ao máximo com temperos… Desta vez a minha experiência foi cozinhar um peixe-espada no forno com limão e… até gostei!

Ingredientes:
4 postas de peixe-espada
1 cebola grande
Sumo de 1 limão
3 batatas grandes
1 dl de vinho branco
1 colher de sopa de colorau
1 colher de sopa de margarina
Azeite q.b.

Num tabuleiro de ir ao forno corta-se a cebola às rodelas, rega-se com o azeite e sobre a cebola coloca-se o peixe-espada já temperado com sal e marinado (10 minutos) no sumo do limão. Corta-se as batatas em quadrados grosseiros que se dispõem em volta das postas do peixe. Coloca-se a margarina por cima de cada posta de peixe e leva-se ao forno. Rega-se o peixe e as batatas com a mistura do vinho, colorau e limão para não secar. Quando as batatas começarem a ficar “coradas” e o peixe-espada tostado temos o prato pronto!

18/01/08

Como venci a batalha contra o leite-creme

No passado sábado fiz uma receita que me saiu bastante mal (bifes de peru recheados com puré de castanhas) e, no domingo, com a auto-estima culinária nas ruas da amargura, a única solução era vencer uma batalha. Lembrei-me imediatamente do meu mais temível inimigo dos últimos tempos: o leite-creme. Pois é, para vocês o leite-creme é uma sobremesa simples, mas para mim nunca foi. Não sei se acontece convosco, mas existem algumas receitas e tarefas culinárias que todos consideram triviais e que, para mim, são um verdadeiro desafio (pastéis de bacalhau, arroz doce, doce de ovos, enrolar tortas, decorar pratos…).

Enfim, a minha guerra com o leite-creme começou no Natal: o 1.º que fiz talhou e foi todo para o lixo; o 2.º, feito com outra receita, não talhou mas ficou líquido. Foi um avanço. Assim, peguei nessa receita e reduzi a quantidade de leite: o terceiro saiu bem! Por agora o saldo é favorável ao leite-creme (pipoka: 1, leite-creme:2), mas hei-de vencer a guerra (o próximo passo é aprender a manusear melhor a pá de queimar para que fique com um aspecto apetecível)!

Tenho que dar créditos à minha aliada nesta luta, a Colher de pau. Foi no blogue As Minhas Receitas que encontrei a melhor táctica de combate, ou seja, o método ideal para fazer o leite-creme sem correr o risco de que ferva e as gemas talhem. Aqui vai:

Ingredientes:

½ litro de leite
1 pacote de natas – 200 ml*
60 g de farinha
6 gemas
1 pau de canela
Casca de limão
200 g de açúcar + açúcar a gosto para queimar

*Quem não quiser usar natas, pode fazer o leite-creme com 7 dl de leite. Juntei as natas, pois estava-me a fazer um bocado de confusão usar leite magro, que era o único que tinha em casa. Para este tipo de receita, habitualmente compro leite meio gordo.

Ferver o leite com a casca de limão e o pau de canela. Numa caçarola, misturar o açúcar e a farinha e adicionar, a pouco a pouco, o leite. Levar ao lume, mexendo sempre, até engrossar. A pouco e pouco, juntar esta mistura às gemas, previamente batidas. Verter o creme para a caçarola e levar ao lume apenas 2 minutos (para cozer as gemas), mexendo sempre. Colocar o leite-creme numa travessa e deixar arrefecer. Na hora de servir, espalhar por cima um pouco de açúcar e queimar.

17/01/08

Doce de papaia com pinhões

Uma receita que se transformou em prendas de Natal para alguns dos meus coleguinhas. Respondendo ao desafio da Laila e da Chris, fica aqui também uma sugestão de aproveitamento de frutos secos: use-os para enriquecer as suas compotas. Uma nota apenas para a produção fotográfica, feita pela minha amiga Farófia (Merci!).


Ingredientes:

1 kg de papaia
400 açúcar (200 g mascavado + 200 g açúcar normal)
1 ½ colher de sopa de vinho moscatel
½ chávena de pinhões
⅓ chávena de sumo de limão

Descascar as papaias e cortá-las aos pedaços (não muito pequenos, pois a ideia é que não se desfaça totalmente durante a cozedura). Num tacho, colocar a papaia e o sumo de limão. Deixar ferver, tapado, em lume brando, cerca de 10 minutos. Juntar o açúcar e cozinhar, destapado, até ganhar a consistência desejada. Nesse momento, juntar o moscatel e os pinhões e deixar ao lume mais 10 minutos. Colocar em frascos esterilizados e só fechar quando o doce tiver arrefecido.

15/01/08

Tarte/torta salgada de liquidificador


Eu já sabia que a Luna tinha um dom especial para inventar ou desencantar receitas maravilhosas, motivo mais do que suficiente para fazer a sua torta - para português entender, digo tarte - de liquidificador. Ela qualifica esta receita de infalível e asseguro-vos que é, pois fez sucesso num lanche que dei para uns amigos. Uma tarte/torta rápida e fácil de fazer, ideal para “reutilizar” comida, ou melhor, para aproveitar os restos.

Ingredientes:

Massa:
3 ovos
1 chávena de chá de óleo (menos um dedo)
2 chávena de chá de leite
1 chávena de chá de queijo ralado (usei parmesão e emmental)
2 chávena de farinha de trigo
1 pitada de sal
1 colher de sopa de fermento em pó

Recheio:
Atum com tomate e pimentos, tal como aqui, mas sem qualquer picante.
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Bater os ingredientes da massa no liquidificador (batedeira ou robô de cozinha), com excepção do fermento, que se adiciona no fim. Depois, pode bater o fermento com a massa, manualmente, como na receita original, ou fazer como eu e a Luna e misturá-lo na máquina.

Colocar metade da massa numa forma untada (entre 20 e 24 cm de diâmetro). Nesta fase, existem 2 hipóteses:

A) Rechear e verter o resto da massa por cima, levando ao forno até dourar (entre 20 a 30 minutos). Ideal para quem fizer um recheio mais leve (ver sugestão da Luna).

B) Levar metade da massa ao forno por 10 minutos, retirar, rechear, cobrir com o resto da massa e levar novamente ao forno (cerca de 15 minutos). Porque o recheio que fiz era mais pesado, tive algum medo de que descesse demasiado. Como queria que ele ficasse mesmo no meio da tarte, lembrei-me de fazer deste modo.

10/01/08

Frango com molho de amêndoas

A comida Indiana é, a par da italiana, uma das minhas favoritas. Normalmente, vou todas as semanas a um restaurante indiano, por isso raramente a confecciono em casa. Durante o período natalício, tive que abandonar este meu hábito semanal e, com medo de ser assolada por algum “sindroma de abstinência de especiarias”, fiz esta maravilhosa receita que aprendi com a talentosa Agdá, uma autêntica especialista em spicy food.

Ingredientes:

1 kg de frango (usei 700 g de peito de frango)
1 cebola grande picada
6 dentes de alho esmagado
2 ou 3 colheres de chá de gengibre ralado
2 malaguetas secas picadas
1 folha de louro
1/2 colher de sopa de coentros em pó
1/2 colher de sopa de cominhos em pó
1/2 colher de chá de piripiri
1/4 colher de chá de curcuma em pó
1/2 colher de chá de paprica
1 colher de chá de pimenta, moída na altura
Coentros picados
50 g de amêndoas moídas (sem casca)
1 chávena de natas (usei leite de coco).
Azeite q.b.
Sal a gosto

Numa caçarola, dourar a cebola em azeite, juntar o alho, o gengibre e o louro e deixar libertar os aromas. Adicionar o frango cortado aos pedaços e, quando estiver dourado, as restantes especiarias (coentros, cominhos, piripiri, malagueta, pimenta, curcuma, sal e paprica). Deixar cozinhar uns minutos para libertar o aroma das especiarias e adicionar uma chávena de água quente (2,5 dl). Quando ferver, reduzir o lume e tapar. Deixar o frango cozer, mexendo ocasionalmente. Se necessário, adicionar mais água. No final, juntar as amêndoas moídas e o leite de coco. Levar ao lume só para aquecer. Servir com coentros picados.

08/01/08

Tagliatelle com salmão fumado, limão e hortelã

Tenho andado um bocado afastada desta cozinha, mas já reparei que o Natal e o Ano Novo tiveram efeito similar na maior parte das blogueiras. Mas cá estou eu de volta, sem receitas natalícias, pois confesso que as ementas da minha família para esta época são tudo menos tradicionais. Mantemos, no entanto, duas tradições: juntamo-nos para celebrar o Natal e, durante a semana das festas, comemos mais do que devíamos.

Ingredientes:
(para 3 pessoas)

200 g de salmão fumado
1 colher de sopa de azeite
1 dente de alho
Sumo de meio limão
1 colher de chá de mostarda
1 pacote de natas – 200 ml
(usei natas pasteurizadas light,
para emagrecer os problemas de consciência…)
Pimenta
Sal
Hortelã q.b.
(a maioria das receitas com salmão fumado,
aconselha o uso de endro,
mas esta conjugação com a hortelã conquistou-me)
Tagliatelle para acompanhar
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Passar o alho esmagado por azeite e retirá-lo logo que o azeite ganhe o aroma do alho. Desligar o lume, juntar o pacote de natas, o sumo do limão e a mostarda. Mexer bem. Se acharem que este molho está basto, juntem-lhe um pouco de leite ou então um pouco de água de cozer a massa (aprendi com uma professora de culinária a aproveitar a água da cozedura da massa para acrescentar o molho, quando este é pouco, ou quando está grosso). Temperar com sal e pimenta. Juntar o salmão fumado cortado aos pedaços e a hortelã picada. Vai ao lume só para aquecer. Servir com a massa da vossa preferência e enfeitar com um pouco de hortelã picada.

Nota: se usarem natas frescas, como são mais ácidas do que as pasteurizadas, talvez seja boa ideia diminuir a quantidade de sumo de limão.

07/01/08

Bola de Bacalhau à moda da avó Irene

Esta receita, da família do R., originária da região de Coimbra, é feita em alturas de festa, em especial no Natal. Inicialmente era feita em forno de lenha, mas como estamos na cidade e não na aldeia, o nosso forno cumpre os requisitos mínimos, embora o paladar original seja mais apurado. É a minha participação no desafio da Cris do From Our Home to Yours, mesmo fora da data estipulada....

Ingredientes:
2 chávenas de chá de farinha de trigo
1 chávena de chá de farinha de milho
50 g de fermento de padeiro (em barra)
2 postas de bacalhau (desfiado em cru ou depois de cozido)
1 cebola grande
Azeite q.b.

Num alguidar, coloca-se a farinha. No centro faz-se um buraco onde adicionamos o fermento dissolvido em água quente (1 chávena de chá de água). Amassa-se com as mãos e vai-se acrescentando água até obtermos uma bola que se descola das paredes do alguidar. Tapa-se o alguidar com um pano e deixa-se levedar em local quente até a massa ficar com, pelo menos, o dobro do tamanho original.
Numa tigela, coloca-se o bacalhau e pica-se a cebola finamente, por fim acrescenta-se o azeite que será entre 1dl e 2 dl, conforme o tamanho da massa. Junta-se o preparado do bacalhau à massa e volta-se a amassar até ligar todos os ingredientes. Polvilha-se um tabuleiro com farinha, no qual se dispõem as porções da massa que calcamos até ficarem com cerca de 1 cm de altura. Vai a forno médio até a massa ficar “corada”.
Esta bola deve ser servida quente e pode ser aquecida, após confecção, no forno ou micro-ondas.

05/01/08

Bolinhos para o lanche

Para despedida desta época festiva em que os doces são uma constante e nós, como gulosas que somos, não nos importamos nada (até darmos “de caras” com uma balança…), fica aqui a sugestão de uns bolinhos para o lanche.

Bolinhos de Côco
Ingredientes:
250 g de côco ralado
150 g de açúcar
3 ovos
Raspa de ½ limão

Numa tigela mistura-se o côco, o açúcar e a raspa do limão e por fim os ovos. Amassa-se tudo com as mãos e fazem-se pequenas bolas (se as mãos começarem a “pegar” ao preparado, o que dificulta fazer as bolas, passem-nas de vez em quando por farinha). Colocam-se as bolas em forminhas de papel que vão ao forno até começarem a ficar douradas. Esta receita foi retirada do site www.culinarias.net.

Areias
Ingredientes:
150 g de açúcar
320 g de farinha
200 g de margarina

Peneira-se para um recipiente o açúcar com a farinha. Faz-se uma cova no meio e coloca-se a margarina cortada aos bocadinhos (convém retirá-la com antecedência do frigorifico para facilitar esta tarefa) e trabalha-se a massa com as pontas dos dedos. Mistura-se tudo e faz-se uma bola. Com a ajuda de um pouco de farinha, moldam-se pequenas bolas para um tabuleiro (sobre uma folha de papel vegetal) que vai ao forno médio (180º) durante 10 minutos. Nota: as areias retiram-se do forno ainda moles, depois de frias é que elas ganham a consistência de bolos. Passa-se as areias, ainda quentes, por açúcar. Esta receita foi retirada do Livro de Receitas de Bolos e Bolinhos da Vaqueiro.