22/12/08

Bolachas de Natal II

Todos os anos, por esta altura, gosto de fazer “um mimo” com a minha filha para ela levar para a escola. Não vou mentir, estas bolachinhas deram um bocadinho de trabalho, mas ver a cara da minha filha, toda orgulhosa na escola, a entregar os saquinhos… compensa!
Fiz cerca de 2kg de bolachas (pois fiz 2 doses da receita: uma com bolachas de açúcar e outra de chocolate) e os meus cortadores eram pequenos (o que deu por volta de 6 a 7 tabuleiros com bolachas)… a este ritmo, já pouco me falta para abrir uma pastelaria no meu prédio!!! Enfim… só posso acrescentar o facto de estas bolachas serem muito saborosas e cuja inspiração retirei deste site.


Ingredientes bolachas açúcar:
490 gr de farinha
¼ colher de chá de sal
1 colher de chá de fermento
227 gr de manteiga sem sal
300 gr de açúcar
2 ovos

Ingredientes bolachas chocolate:
385 gr de farinha
75 gr de cacau
¼ colher de chá de sal
1 colher de chá de fermento
227 gr de manteiga sem sal
350 gr de açúcar
2 ovos

Ingredientes glacê:
2 claras de ovo
2 colheres de chá de sumo de limão
330 gr de açúcar em pó (icing sugar)
Corante (amarelo, azul e vermelho)

Para confecção das bolachas, coloca-se numa tigela a farinha, sal e fermento e reserva-se. Na batedeira eléctrica, coloca-se a manteiga e o açúcar até ficar uma mistura clara e fofa. Junta-se a mistura da farinha e bate-se até ficar uma mistura homogénea (convém ter boas batedeiras, pois o esforço que a desgraçada faz para mexer é enorme…). Divide-se a massa em 2 partes iguais, embrulha-se cada uma numa folha de papel absorvente e vai ao frigorífico, para a massa ficar consistente para ser esticada com o rolo (pelo menos 1 hora).
Pré aquece-se o forno a 177º e trabalha-se a massa numa superfície com farinha e com ajuda do rolo. Estica-se a massa até ficar com cerca de 1cm de altura (as minhas ficaram com menos) e com a ajuda do cortador retiram-se as várias porções de massa, que se colocam num tabuleiro forrado com papel vegetal. O tabuleiro, com as bolachas cortadas, vai ao frigorífico cerca de 10 a 15 minutos para que as bolachas mantenham a forma desejada quando forem ao forno.
Colocam-se as bolachas no forno, na ranhura do meio, cerca de 10 minutos ou até as pontas das bolachas ficarem douradas (no caso das bolachas de chocolate verificamos se as pontas estão “rijas”). Retiram-se no forno e deixa-se arrefecer.
Para a cobertura, batem-se as gemas com o sumo de limão e adiciona-se o açúcar aos poucos, e bate-se na velocidade mais baixa da batedeira até se obter uma mistura cremosa. Separa-se este preparado em taças (no mesmo número cores com que pretendemos colorir e mistura-se o corante. Decorar a gosto!

BOAS FESTAS!!!

17/12/08

Cogumelos à brás


Numa época em que o bacalhau é rei, que tal variar? Esta é uma das receitas que entrou directamente para o meu top 10, pois combina um dos meus ingredientes favoritos – cogumelos – com a comida tradicional portuguesa. Retirei esta receita do livro Sabor e Equilíbrio, um Guia DECO PROTESTE que contém receitas diferentes e saudáveis.

Ingredientes:

70 g de cogumelos Portobello
70 g de cogumelos Brancos
100 g de cogumelos de Paris (champignons)
(se não encontrarem à venda estas variedades de cogumelos, utilizem os cogumelos que conseguirem, pois o resultado será igualmente bom)
2 cebolas médias
2 dentes de alho
4 colheres de sopa de azeite
400 g de batata palha
8 ovos
240 g de tomate
Salta q.b.
Sal q.b.


Picar bem o alho e cortar a cebola em meias luas. No fundo de um tacho colocar o azeite ao qual, após estar quente, se junta a cebola e alho para refogar. Lavar os cogumelos e cortar em pedaços pequenos.

Colocar azeite numa caçarola e levar os cogumelos a cozinhar, cerca de 7 minutos. Depois de cozidos, adicionar sal. Juntar os cogumelos ao refogado da cebola e alho e envolver bem.

À parte, bater bem os ovos e adicionar ao preparado dos cogumelos, juntamente com a batata palha e o tomate cortado aos pedaços e sem grainhas. Juntar salsa picada quando servir.

14/12/08

Bolo de chocolate com recheio de curd de maracujá

Pipoka, voltei!!! Pois é, tenho andado um pouco ausente desta cozinha, mas é mais preguiça do computador do que dos cozinhados… Já é com alguma saudade que retomo a partilha de experiências e receitas que gosto e também que dou alguma folga à Pipoka, que tem sido a responsável pela manutenção deste blog nos últimos meses.
Para comemorar a minha primeira receita escolhi uma ocasião especial, que foi a elaboração do bolo do 32º aniversário da minha irmã mais velha – que é sempre uma tarefa que faço com prazer: BOLOS!!!
A receita não é original pois parte da base de um bolo de chocolate, já postado,
com uma adaptação do curd de limão da Pipoka para maracujá, mas a combinação dos 2 com a cobertura de chocolate branco ficou apetecível – mais uma “bomba calórica”, mas festa é festa…

Ingredientes bolo:
250 g de chocolate em barra
250 g de açúcar
7 ovos
250 g de manteiga amolecida
220 g de farinha de trigo
110 g de chocolate em pó
1 colher de sobremesa cheia de fermento em pó
1 dl de conhaque

Amolecer a manteiga ao lume e bater com o açúcar até ficar um creme esbranquiçado. Ir juntando os ovos um a um, batendo entre cada adição.À parte, misturar a farinha com o chocolate ralado (eu passei o chocolate pelo triturador, sem ficar em pó), o fermento e o chocolate em pó. Misturar ao preparado anterior e mexer bem com uma colher de pau.Untar uma forma com margarina e farinha e cozer no forno cerca de 50 minutos. Após cozido (não deixar tempo a mais no forno para o bolo ficar húmido), retirar e regar com a calda do leite misturado com o chocolate em pó. Deixar arrefecer. Após o bolo estar frio, com ajuda de um fio de culinária, abrir o bolo ao meio e rechear com o curd de maracujá.

Ingredientes Curd de Maracujá:
200 ml de polpa de maracujá
150 g de açúcar
75 g de manteiga sem sal
3 ovos

Partir os ovos e bater com a varinha mágica até ficarem “em espuma”. Reservar. Numa caçarola, juntar o açúcar, a manteiga e a polpa de maracujá. Levar ao lume (brando) até derreter a manteiga e dissolver o açúcar. Apagar o lume, deixar arrefecer uns 5 minutos. Fora do lume, juntar esta mistura aos ovos batidos, a pouco e pouco e mexendo sempre. Levar o curd de maracujá novamente ao lume (brando), mexendo sempre, até que espesse.

Ingredientes cobertura:
400 g de chocolate branco
150 g de chocolate negro

Derreter o chocolate branco numa caçarola em banho-maria com 3 a 4 colheres de sopa de água – cobrir o bolo com este preparado. Repetir o mesmo procedimento com o chocolate negro, mas em vez de água, juntamos 1 colher de sopa de manteiga. Decorar a gosto.

09/12/08

Bolachas de Natal

Ultimamente não tenho tido muito tempo para me dedicar à blogosfera culinária, tendo descurado um pouco este blogue, assim como os que tenho por hábito visitar. Deixo hoje, em formato de bolachas natalícias, um agradecimento muito especial a todas as pessoas que nos têm visitado nas últimas semanas e se têm deparado sempre com a mesma receita.

Estas bolachas, retiradas site australiano, são uma óptima sugestão para oferecer aos amigos – ou à criançada - nesta época festiva.

Ingredientes:

125 g de manteiga à temperatura ambiente
½chávena (115g) de açúcar superfino
¼ chávena (60ml) leite
1 colher chá de extracto de baunilha
1 ½ chávena (225g) farinha com fermento
½ chávena (70g) custard powder* (à venda nos supermercados, na área da farinha)
Pérolas de açúcar para decorar

Bater a manteiga com o açúcar até ficar um creme esbranquiçado. Juntar o leite e o extracto de baunilha. Misturar. Integrar a farinha e o custard powder. Formar uma bola com a massa e envolvê-la em película aderente. Levar ao frigorífico durante 30 minutos.

Pré-aquecer o forno a 180°C. Dividir a massa em porções facilmente manuseáveis (se achar que está difícil de manipular, junte mais um pouco de farinha). Tender cada porção e cortar. Cortar com a espessura desejada (gosto delas tanto finas como grossas, mas jamais as cortaria com a espessura indicada na receita original, a saber, 1 cm, pois é um exagero). Colocar as bolachas num tabuleiro forrado com papel vegetal (usei um tapete de silicone). Enfeitar a gosto com as pérolas de açúcar. Levar ao forno cerca de 10 minutos ou até dourarem (cuidado que as pontinhas do pinheiro têm alguma tendência a queimar, retirem as bolachas antes que isso aconteça).

Entretanto, como esta receita dá para 2 fornadas, preparar as outras bolachas e ir colocando em cima de papel vegetal ou noutro tapete de silicone.
Depois de cozinhadas, deixar as bolachas arrefecer 5 minutos no tabuleiro, antes de transferi-las para uma grelha metálica.

* Custard powder - amido de milho aromatizado com baunilha.

27/11/08

Tarteletes de mascarpone, espinafres, pecãs e sultanas

Esta receita surgiu da conjugação de 3 desejos:

1. Testar uma massa de tarte com azeite... pois há dias que a manteiga falta...
2. Utilizar nozes pecãs num prato salgado.
3. Escapar ao clássico recheio das tartes salgadas natas/leite.

A massa base for retirada daqui, quanto ao resto, usei a imaginação e a experiência. Esta receita deu para 5 mini tartes com 10 cm de diâmetro.

Massa:

1 chávena farinha sem fermento
¼ colher de chá de sal
1 colher de sopa de água
2 colheres de sopa de azeite
1 ovo grande batido

Recheio:

250 g mascarpone
2 ovos
60 g pecãs tostadas e picadas grosseiramente*
30 g sultanas
150 g espinafres cozidos e escorridos
Sal
Pimenta
Noz-moscada
Pão ralado (farinha rosca) q.b.

Massa: no robô de cozinha (ou processador), juntar a farinha e o sal. Misturar. Juntar o azeite. Misturar 2 ou 3 segundos. Finalmente, verter o ovo e a água. Misturar cerca de 10 segundos. Retirar e formar uma bola (se estiver estiver muito pegajosa, juntar um pouco mais de farinha). Guardar no frigorífico, no mínimo 30 minutos, envolta em película aderente.

Tender a massa e cortá-la de acordo com a medida das tarteiras. Forrar as tarteiras. Picar o fundo com um garfo. Polvilhar as tarteletes com um pouco de pão ralado, antes de recheá-las. Rechear com os espinafres, as pecãs e as sultanas. Misturar o mascarpone com os ovos, temperar e verter esta mistura. Polvilhar com um pouco de pão ralado (facultativo). Levar ao forno pré-aquecido até dourar (cerca de 25 minutos).

Nota (após comentário do LPontes e da Mariana): habitualmente escolho massas que possam ser feitas no robô de cozinha, não tenho muita experiência de fazê-las à mão. Mas deixo aqui a chamada de atenção de dois especialistas: ao fazerem esta massa tenham cuidado, pois se for demasiado trabalhada não fica bem. O objectivo é juntar os ingredientes até ficar uma mistura homogénea e elástica).

*Seguindo a sugestão do LPontes, já fiz esta receita com nozes e ficou muito bom (nesse caso não é necessário torrar).

24/11/08

Marmelada cremosa com vinho do Porto

O meu objectivo era fazer igualzinha à receita da querida Laranja com canela, uma marmelada que já tive o prazer de saborear, cuja consistência é de cortar à faca (leia-se no sentido literal). Mas, como queria experimentar fazer a marmelada na panela de pressão, e tenho a mania de alterar sempre qualquer coisinha numa receita (é vício), a minha saiu mais para o cremoso. Enfim, o que importa é que o resultado é muito bom e, na verdade, gosto de marmelada assim cremosa... fica mais fácil de barrar!

Ingredientes:

1,100 kg de marmelos
50 ml de água
1 dl de vinho do Porto
500 g de açúcar amarelo
250 açúcar “normal”

Não é preciso descascar os marmelos! Partir os marmelos em 4 e retirar-lhes as sementes. Cortá-los grosseiramente. Colocar na panela de pressão com o açúcar, a água e o vinho. Contar 20 minutos depois de começar a sair o vapor da panela. Desligar o lume. Atenção: não abrir logo a panela, deixar arrefecer, pois se a fruta tiver destilado muito água, quando soltarem o vapor... vão ficar com a cozinha numa lástima! Depois de abrir a tampa da panela de pressão, é so triturar tudo com a varinha mágica. Se acharem que tem líquido a mais, retirem um pouco antes de triturar. Mas reservem esse líquido para regar um gelado ou uns crepes.
aa

16/11/08

Assado de salsichas, abóbora e castanhas

Uma combinação bem outonal, que me surpreendeu pela originalidade e pelo sabor (muito bom!). Até à data, desconhecia que, na cozinha inglesa, a conjugação salsichas (chipolatas)/ castanhas é muito usual. Este assado foi Inspirado numa receita da Olive de Dezembro de 2008.


Ingredientes:


½ cebola
350 g de salsichas frescas de aves ou porco
350 g de abóbora
(pesada sem casca)
200 g de castanhas
(pesadas sem casca/se usarem congeladas, deixem-nas descongelar)
1 raminho de sálvia
(o aroma desta erva é, quanto a mim, essencial nesta receita)
1 cálice de vinho branco (aprox.)
Azeite q.b.
Sal
Massa de malagueta ou 1 ou 2 malaguetas secas, cortadas grosseiramente
Água q.b.

Cortar a abóbora em cubos, as salsichas em pedaços, as castanhas ao meio e a cebola em finas meias luas. Num recipiente de ir ao forno, dispor estes ingredientes, mais as folhas de sálvia. Regar com o azeite e o vinho. Temperar com o sal e as malaguetas. Levar ao forno a assar cerca de 40 minutos. Ir regando com o molho que se vai formado e, se for caso disso, juntar um pouco de água (eu juntei).

13/11/08

Bolo de cenoura, azeite e especiarias

Ficou aprovadíssimo este bolo aromático, húmido e de consistência “apudinada” (vocábulo inexistente mas que já vai fazendo uma certa falta no dicionário...). Houve até quem dissesse que este era o melhor bolo que eu já tinha feito... mas talvez seja exagero! A receita é do Favourite Recipes from Books for Cooks 4,5 & 6.

Ingredientes:

175 ml de azeite
(de exímia qualidade, caso contrário pode comprometer o sabor do bolo)
375 g de açúcar
3 ovos ligeiramente batidos
175 g de farinha sem fermento
1 ½ colher de chá de fermento
1 ½ colher de chá bicarbonato
1 ½ colher de chá canela em pó
¼ colher de chá cravinho em pó
2/4 colher de chá de cardamomo em pó
2/4 colher de chá de sal
90 g de nozes pecãs (ou nozes) picadas grosseiramente
375 g de cenoura ralada

Pesar e preparar todos os ingredientes. Embora a receita original não pedisse, optei por tostar as pecãs numa frigideira anti-aderente e acreditem que fica mais saboroso. Ligar o forno a 160 graus. Untar uma forma redonda de mola e colocar no fundo uma rodela de papel vegetal também untado. Convém usar uma forma que vede bem, para evitar que a massa do bolo derrame.

Num recipiente, misturar bem o azeite, o açúcar e os ovos. Peneirar, para outro recipiente, a farinha, o fermento, o bicarbonato, as especiarias e o sal. Fazer uma cova no centro e juntar a mistura de ovos, açúcar e azeite. Misturar até ficar uma massa homogéna. Juntar as nozes e a cenoura.

Verter a massa na forma e levar ao forno cerca de 1h30 (demora mas compensa). Ter atenção ao desenrolar da cozedura, principalmente a partir dos 50 minutos, pois pode ser necessário cobrir a forma com papel de alumúnio para evitar que o topo queime. Eu segui esta recomendação da receita original, quando achei que o topo estava com boa cor, mas o bolo estava longe de estar cozido, tapei-o com papel de alumínio. Depois de cozido, coloquem a forma sobre uma grelha metálica e deixem arrefecer completamente antes de desenformar. Usar o bico de uma faca à volta do bolo para ajudá-lo a desenformar.

10/11/08

Lulas com pasta de coentros e malaguetas

A colocação de produtos na zona das caixas dos supermercados é claramente uma técnica de marketing. Eles estão ali estrategicamente posicionados para nos levar a comprar mais qualquer coisinha, enquanto aguardamos a nossa vez de pagar. Sim, os livros e revistas não estão lá para passarmos o tempo, é mesmo para ver se “pega” e acabamos por levá-los... os chocolates, caramelos e pastilhas estão lá para nos aguçar o apetite.

Embora conheça essas tácticas, de facto, não resisto. Folheio uma revista daquelas com as aventuras, desventuras e tristes figuras dos ricos e famosos... com esta estou segura, pois teria vergonha de comprar. Faço um esforço para não olhar para os chocolates. Tem de ser...olha os quilos a mais. Mas quase sempre compro uma caixa de pastilhas. E, muitas vezes, uma revista de culinária, desta feita, trouxe comigo o livro Cozinha Tailandesa, do qual adaptei esta receita.

Estava aqui a pensar se não seria uma espécie de justiça poética ser “enganada” pelas estratégias que, como o profissional da área do marketing, tantas vezes utilizo...enfim, adiante...

Notas: 1. A receita parece-me mais de inspiração tailandesa do que propriamente tradicional. 2. Para os que ficam em pânico com a palavra malagueta: se retirarem as sementes das malaguetas e omitirem o molho picante, este é um prato até meio adoçicado. 3. A fotografia não faz justiça ao prato... digo-vos já que não é fácil fotografar lulas!


Ingredientes:

600 g de lulas limpas e cortadas às rodelas
1 pimento vermelho
(sem sementes e cortado aos cubos)
1 limão (sumo)

30 g de creme de coco em barra
100 ml de iogurte grego
150 ml de água quente

Pasta de malaguetas e coentros:


2 colheres de sopa de óleo
1 colher de sopa de molho picante
(o que tiverem em casa)
1 cebola picada
2 malaguetas (limpas de sementes)*
1 pedaço de gengibre com cerca de 2,5 cm
(picado/ralado)
½ ramo de coentros

½ colher de sopa de coentros em pó
½ colher de sopa de cominhos em pó
1 colher de sopa de açúcar amarelo
1 colher de sopa de molho de peixe


*Atenção: quando abrirem e limparem as malaguetas/pimentas, utilizem luvas.

Na picadora, triturar todos os ingredientes indicados para a pasta. Deitar esta pasta num wok, deixar libertar os aromas, salteando-a por 3 ou 4 minutos. Adicionar os pimentos e cozinhar uns 2 minutos. Verter o iogurte, deixar levantar fervura, e juntar as lulas cortadas às rodelas. 2 ou 3 minutos depois, juntar o sumo de limão, o coco e a água. Rectificar o sabor (e sal), juntando molho de peixe. Deixar as lulas cozinhar. Servir com arroz basmati ou jasmim.

03/11/08

Coxas de frango com mel e soja

Já faço este prato há tantos anos, que nem me lembro muito bem se será ou não fiel à fonte... Essa, a original, estará certamente numa qualquer Teleculinária, desaparecida em combate com a centena de revistas e livros de culinária que povoam as minhas estantes. Veio-me à memória, quando conversava com uma amiga sobre receitas fáceis e infalíveis. E muitas outras coisas boas me vêm à memória a respeito desta receita... A primeira vez que convidei certa pessoa – ou terá sido a pessoa certa? - para jantar foi este prato que servi. A verdade é que, ele – a “tal” pessoa - está ao meu lado há cerca de 12 anos...não gosto de fazer futurologia, mas se a receita não for infalível, é, pelo menos, eficaz. ;-)

Ingredientes:

8 coxas de frango (2 por pessoa)
8 fatias de bacon
2 colheres de sopa de molho de soja
1 ½ colher de sopa de mel

Limpar as coxas de frango de peles e gorduras. Envolver cada coxa com uma fatia de bacon, fechando com um palito. Levar ao lume o mel e a soja, para que se misturem bem. Dispor as coxas de frango num pirex, verter a mistura de molho de soja e mel por cima. Levar ao forno entre 30 a 40 minutos. Ir vigiando e, para que não sequem, virá-las a meio da cozedura. Convém, de quando em vez, regar com o molho. Caso o vosso forno tenha função grill, nos últimos 5 minutos, utilizem-na. O frango foi servido com umas batatas picantes, receita do L., que deixarei aqui nos próximos dias.

Nota: habitualmente a proporção é de 1 colher de sopa de mel para 2 de molho de soja. Mas o molho de soja varia bastante consoante a marca, como achei o meu salgado, juntei mais um pouquinho de mel.

31/10/08

Creme de maracujá



Além de ser uma excelente variação à clássica mousse de maracujá, constituindo por si só uma agradável sobremesa, este creme poderá também servir para rechear umas tarteletes ou um bolo. Aliás, na versão original, fazia parte de uma tarte... uma tarte que me correu muito mal, mas, como gostei do recheio, decidi resgatá-lo e confeccioná-lo de outra forma.


Quanto à tarte, pois bem... é uma daquelas receitas, aparentemente simples, que encontramos em revistas de referência – no caso, a Delicious -, que pertencem a um restaurante famoso – já o apaguei da minha memória - mas que, ao comum dos mortais, não corre bem. Só sei que, depois do desastre, conclui que existiam algumas imprecisões na receita e, desconfio, algum segredo não revelado... Enfim, foi o meu momento halloween.

Ingredientes:
5 ovos grandes
375 ml polpa de maracujá (sem sementes)
150 g de açúcar fino
175 ml de natas espessas


Bater os ovos com o açúcar. Juntar a polpa do maracuja, mexer bem. Por fim, adicionar as natas. Levar ao lume a engrossar até ficar com consistência de creme.

29/10/08

Sopa de feijão e funcho

Até parece caldo verde... mas é uma sopa típica açoriana. Fi-la para satisfazer dois pedidos: o da minha mãe (fonte da presente receita), que gostaria que eu publicasse aqui mais pratos açorianos, e o da I., uma amiga que provou e aprovou esta sopinha numa das viagens aos Açores. Como vêem aceito pedidos, têm algum?



Ingredientes:
400 g de feijão branco
1 pedaço de toucinho
(usei 2 fatias de toucinho fumado, vulgo bacon)
1 folha de louro
1 pau canela
1 cebola
2 dentes de alho
Rama de funcho
Sal q.b.
Água q.b.

Demolhar o feijão cerca de 12 horas. Cozer o feijão em água, com louro, cebola, alho, canela, bacon e sal (se usarem a panela de pressão, quando o vapor começar a sair contem apenas 5 minutos). Retirar o bacon , o pau de canela e a folha de louro. Triturar o feijão, a cebola e o alho, com a água da cozedura. Adicionar água quente, até a sopa ficar com a consistência desejada. Juntar a rama de funcho picada. Levar a sopa ao lume até levantar fervura. Servir.

27/10/08

Crocantes de pescada e aveia

Prefiro, sem sombra de dúvida, o peixe grelhado ou cozido (é a mais pura verdade!) e, regra geral, não sou muito fã de fritos (pronto...não resisto a uma batatinha frita caseira, de quando em vez.). Mas fiquei muito curiosa quando vi esta receita da revista Cozinhar sem stress (n.º1 – abril 2008) no Elvira’s Bistrot . Finalmente experimentei e, como já calculava, dada a minha predilecção por aveia, adorei!

Ingredientes:
800 g de filetes/lombinhos de pescada
2 ovos batidos
Farinha q.b.
Flocos de aveia q.b.
Óleo q.b.
Limão
massa de malagueta ou pimenta
alho
sal

Temperar os filetes com sal, massa da malagueta, alho e sumo de limão. Deixar marinar cerca de 20 minutos. Passar os filetes, primeiro, por farinha, depois, por ovo batido e, finalmente, pelos flocos de aveia.Fritar em óleo bem quente, sem deixar queimar. Escorrer bem, usando papel absorvente. A receita original sugere que se sirvam com uma açorda de coentros, por questões logísticas, optei por um arroz de tomate “malandrinho”.

22/10/08

Abóbora e espinafres em leite de coco

Depois de ter andado a espreitar durante um mês, numa alternância democrática (?) com o Verão, o Outono definitivamente instalou-se. Para aquecer o corpo e reconfortar a alma, num dia ventoso e frio como o de hoje, um prato indiano vem mesmo a calhar. Na verdade, para mim, qualquer desculpa é boa para saborear uma refeição indiana...hoje lembrei-me desta. A receita é da revista Fresh, edição de Novembro de 2008, e dedico-a a uma (muito) querida amiga, companheira inseparável de lides gastronómicas (M. , obrigada pelo presente!).

Ingredientes:


1 colher de sopa de óleo
1 colher de chá de sementes de mostarda pretas
1 cebola picada
1 dente de alho picado
1 raminho de folhas de caril (usei umas 10 folhinhas secas)
2 malaguetas secas, cortadas em pedacinhos
1 colher de sopa de gengibre ralado
400 g de abóbora, descascada e cortada em cubos
1 lata de leite de coco (400 ml)
150 g de espinafres frescos
1 colher de chá de açúcar
½ colher de sopa de pasta de tamarindo


Aquecer o óleo e juntar as sementes de mostarda. Quando as sementes começarem a estalar, juntar a cebola, o alho, o gengibre, a malagueta, as folhas de caril e o gengibre, deixando fritar por 2-3 minutos. Juntar a abóbora, o sal e o leite de coco. Tapar e deixar cozinhar em lume branco durante 10 a 15 minutos (depende do tamanho dos cubos...). Juntar o açúcar e a pasta de tamarindo e, por fim, os espinafres. Mais 2 ou 3 minutos ao lume e o prato está pronto!

20/10/08

Lemon curd

Esta é uma daquelas receitas bastante comum na minha cozinha, nomeadamente na época do Natal, quando costumo fazer para oferecer e para cobrir o meu bolo de Natal... Estranho? É que, como não sou apreciadora dos doces e bolos de natalícios, normalmente faço um cheesecake coberto com lemon curd...manias! Comecei por fazer uma síntese de duas receitas de “marmelada de limão” d' O livro de Pantagruel, mas com os anos, adaptei-a a meu paladar e cheguei a esta.

Ingredientes:
3 limões
200 g de açúcar
75 g de manteiga sem sal
3 ovos
Raspa de 3 limões

Partir os ovos, retirando a película que envolve a gema e aquelas “coisitas brancas” que às vezes aparecem (não sei o nome...). Bater bem os ovos (uso a varinha mágica), pois se a mistura não se apresentar homogénea, o creme ficará cheio de desagradáveis pedacinhos de clara cozida. Reservar. Numa caçarola, juntar o açúcar, a manteiga, o sumo de limão e a raspa. Levar ao lume (brando) até derreter a manteiga e dissolver o açúcar. Apagar o lume, deixar arrefecer uns 5 minutos. Fora do lume, juntar esta mistura aos ovos batidos, a pouco e pouco e mexendo sempre. Levar o lemon curd novamente ao lume (brando), mexendo sempre, até que espesse.

Nota: algumas receitas, sugerem que, nesta fase final, se cozinhe o lemon curd em banho-maria, mas muito sinceramente, sempre fiz como aqui explico e nunca ficou com grumos.
Actualização: o lemon curd poderá ser usado em recheios de bolachas, crepes, bolos, profiteroles, coberturas de bolos, cheesecakes, em trifles... é usar a imaginação.

14/10/08

Lasanha de bacalhau e pimentos assados



Quando li este texto da Mariana, optei por reduzir o consumo de bacalhau, tendo essa decisão consequências também aqui no blogue (há alguns meses que o fiel amigo anda esquecido). No entanto, de vez em quando, é muito bom voltar a saboreá-lo, sobretudo, em ocasiões especiais e, de preferência, “cozido com todos”, que é a forma que mais gosto de comê-lo. Quando resta algum bacalhau cozido, faz-se então um prato do género deste que aqui vos apresento. No caso desta lasanha, se quiserem “poupar” o - ou no – bacalhau, substituam-no por paloco, uma espécie afim que se encontra à venda em qualquer supermercado, nomeadamente sob forma de migas.
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Respondendo à "última chamada" da Nana, aproveito para actualizar este post, incluindo esta receita "italo-portuguesa" no desafio La Pasta... E não é que logo eu, que adoro "pasta" ia deixando escapar esta oportunidade de participar no desafio das quatro ragazze... foi por um triz, mas felizmente elas são boa gente e deixaram-me participar. Grazie tante ragazze!


Ingredientes:

1 pacote de natas
½ litro de molho bechamel
(se usarem de compra, temperem-no também com limão e noz moscada)
1 cebola
3 dentes de alho
4 pimentos assados
400 g de bacalhau (já cozido e desfiado)
Azeite q.b.
3 tomates pelados
½ ramo de coentros
Pão ralado
Sal e pimenta
Lasanha fresca

(suficiente para 4 camadas)


Asse os pimentos (costumo fazê-lo no bico do fogão e depois retiro-lhes a pele) e corte-os em tiras grossas. Numa dose generosa de azeite, refogar a cebola, cortada em finas meias-luas, com o alho picado. Juntar o bacalhau, os tomates, os coentros picados e deixar tomar gosto, sem que seque demasiado. Reservar. Misturar as natas e o molho bechamel, temperado com limão, sal e noz-moscada (faço sempre a olho... por isso, vejam aqui a receita com quantidades certas). Deitar um pouco de molho no fundo de uma assadeira/pirex, dispor a primeira camada de lasanha e, por cima, colocar o refogado de bacalhau e os pimentos. Repetir esta operação até completar 4 camadas (a última é de lasanha). Cobrir com o resto do molho e polvilhar com pão ralado. Levar ao forno até gratinar (25 a 30 minutos).

08/10/08

Risoto de alho francês com farinheira

Andava há que tempos para fazer um risoto com farinheira, um dos meus enchidos favoritos. Mas não queria um sabor demasiado intenso, que se sobrepusesse ao do legume que elegi como protagonista deste prato: o alho francês. Para conseguir o equilíbrio desejado, decidi fazer duas coisas: adicionar a farinheira somente na hora de servir e, para me assegurar de que o sabor de alho francês seria bem perceptível, metade da quantidade deste vegetal foi acrescentada ao risoto apenas nos momentos finais da cozedura.

Para os ovo-lacto-vegetarianos, existem duas hipóteses: ou omitir a farinheira - este risoto fica bem só com o alho francês e o mascarpone - ou utilizar a de origem vegetal (à venda nas grandes superfícies ou nas lojas de produtos dietéticos).


Ingredientes:


1 chávena de arroz arbóreo (cerca de 150 g)
2 alhos franceses/alho-poró
(usar somente a parte mais clara, a outra reservem para uma sopa ou caldo de legumes)
Caldo de legumes q.b.
Vinho branco q.b.
Meia farinheira
2 ½ colheres de sopa de queijo mascarpone
Azeite ou manteiga q.b.
Sal e pimenta q.b


Cortar o alho francês em rodelas finas e lavá-lo bem. Refogar ligeiramente metade do alho francês em manteiga, azeite ou numa mistura dos 2 (habitualmente uso azeite por ser uma gordura mais saudável). Juntar o arroz, deixar dourar. Juntar o vinho e deixar evaporar. Começar a adicionar o caldo de legumes. O caldo deve estar sempre quente, juntando-se ao arroz a pouco e pouco, à medida que vai evaporando. Quanto faltarem uns 5 minutos para finalizar a cozedura do arroz (o risoto leva 18 minutos a cozer), juntar o resto do alho francês. Depois de cozido, finalizar com o queijo mascarpone. Verificar o sal e temperar com pimenta. Servir polvilhado com o “recheio” da farinheira, previamente salteado num pouco de azeite para ficar crocante.
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NOTA: respondendo aos vários comentários dos leitores brasileiros, fica aqui uma hiperligação do sítio Gastronomias para a explicação sobre a farinheira. No menu lateral dessa página, encontrarão outras hiperligações, através das quais poderão ficar a conhecer outros enchidos/embutidos tipicamente portugueses.

06/10/08

Frango estufado com tamarindo e tâmaras

Esta receita conquistou-me pela mistura de ingredientes, que embora frequentemente utilize, até à data nunca tinha ousado conjugar (tamarindo, molho de soja, vinho tinto e vinagre balsâmico). Não por medo de experimentar sabores diferentes, mas por alguma insegurança de cozinheira amadora. Felizmente, existem profissionais em quem podemos confiar, no caso, a equipa do Books for Cooks, que selecionou esta receita do livro A World in My Kitchen de Peter Gordon. O resultado é maravilhoso: um molho espesso, escuro e agridoce que conquistará até os comensais de paladar menos aventureiro.

Da próxima vez, seguramente, experimentarei com borrego, seguindo a receita original. Desta vez, decidi-me pelo frango, pois era o que tinha disponível. Fiz ainda uma ou outra alteração, mas nada que me afastasse do “espírito” da receita.

Ingredientes:


3 colheres de sopa de óleo de sésamo
750 g de coxas de frango
2 cebolas cortadas em finas meias-luas
4 dentes de alho picados
2 dl de vinho tinto de boa qualidade
2 cenouras raladas
1 colher de sopa de pasta de tamarindo
1 colher de chá de alecrim fresco
(ou ½ colher de chá de alecrim seco)
Piripiri a gosto
3 colheres de sopa de vinagre balsâmico
3 colheres de sopa de molho de soja
2,5 dl de caldo de legumes (caseiro ou biológico)
175 g de tâmaras secas cortadas grosseiramente
Salsa picada a gosto (não usei)

Limpar o frango de peles e gorduras. Numa caçarola, deitar 1 ½ colher de sopa de óleo e corar o frango. Retirá-lo e reservar. Na mesma caçarola, juntar o restante óleo (1 ½ colher sopa), a cebola e o alho, deixando cozinhar cerca de 3 minutos. Verter o vinho e deixar ferver. Juntar a cenoura, a pasta de tamarindo, o alecrim, o piripiri, o vinagre e o molho de soja, o caldo e o frango. A meio da cozedura, juntar as tâmaras. Deixar cozinhar até o frango ficar tenro e o molho bem espesso. Polvilhar com salsa picada.

Para uma dieta baixa em índice glicémico, acompanhar com vegetais ou "arroz" de couve-flor. Caso contrário, acompanhar com cuscuz (sêmola de trigo) aromatizado com coentros frescos picados. 
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Nota: quem não tiver hipótese de arranjar pasta de tamarindo, habitualmente à venda em lojas de produtos asiáticos, pode substituir o tamarindo por sumo de limão.

26/09/08

Bolo de figos frescos


Alguém aqui vaticinou o final da época dos figos, mas certamente não conhece a árvore teimosa onde o L. os apanha. Apesar de algumas chuvadas, os figos resistem, talvez mais pequenos e não tão doces, mas ainda assim saborosos. A receita que se segue é uma daquelas que se podem chamar interblogues: o bolo foi descoberto pela Laranja com canela, que para cobertura, decidiu resgatar uma calda de figo feita pela Elvira. Confusos? Não importa, passem adiante e saboreiem esta delícia, enquanto eu vou uns diazitos de férias para “terras de sua majestade”.
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Ingredientes:

175 g de figos
125 g de manteiga (margarina, na receita original, mas a minha costela açoriana não permite essas loucuras)
250 g de açúcar
250 g de farinha
3 ovos
1 colheres de chá de canela
Vinho moscatel q.b. (no original, aguardente)
1/2 chávena de leite
1/2 colher de sopa de fermento em pó
raspa de limão a gosto

Calda:

12 figos
1colher de sopa de açúcar
1 colher de sopa de mel
1 colher de sopa de moscatel (aguardente velha, no original)
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Retirar o pé aos figos e picá-los na picadora. Numa tigela, bater a manteiga e juntar os figos, o açúcar, a canela, a raspa de 1 limão e o moscatel. Bater muito bem. Juntar os ovos um a um, mexendo a cada adição. Por fim, misturar a farinha e o fermento. Levar ao forno (usei uma forma de 20x26 cm) em forma untada ou em forma coberta com papel vegetal. Como este bolo, volta ao forno depois de se cobrir com a calda, o papel vegetal vai ajudar a retirar o bolo da forma, (dica da Laranja com canela). Eu decidi tomar outro caminho (ainda não conhecia o anterior) e cozinhei o bolo, retirei-o da forma, coloquei-o num tabuleiro, cobri-o com a calda e levei-o novamente ao forno. Escolham o método que preferirem.

Quanto à calda, faz-se assim: numa tigela, misturar o moscatel, o açúcar e o mel e, por fim, os figos cortados em quartos. Deixar repousar por 15 minutos. Picar o bolo com um palito, espalhar por cima a calda e levar novamente ao forno por 10 minutos.

24/09/08

Gelado de mascarpone com canela e frangelico

Foi a primeira vez que utilizei mascarpone num gelado e adorei. Este queijo italiano tem uma versatilidade extraordinária, dando um sabor delicado e uma consistência muito cremosa a qualquer receita: sopas, risotti, gelados, recheios de pratos doces ou salgados, molhos... são inúmeras as possibilidades. A receita, que aconselho veementemente a apaixonados por canela (como eu), foi adaptada do delicioso Trem Bom da Valentina.

Fiz uma quantidade pequena (uma dose para 3 ou 4 pessoas), à laia de teste, pois não segui as proporções da receita original. Além disso, juntei licor Frangelico: achei que o sabor da avelã se conjugaria muito bem com a canela (é verdade) e, por outro lado, o álcool torna os gelados mais cremosos (uma sábia dica da Fer).


Ingredientes:

230 g de mascarpone
½ chávena de água
½ chávena de açúcar
1 pau de canela
3 colheres de sopa de Frangelico (licor de avelã)
1 colher de chá de canela
⅓ chávena de natas espessas

Misturar o açúcar com a água, juntar 1 pau de canela, e levar ao lume até que o açúcar dissolva. Ferver cerca de 3 minutos, juntar 1 ½ colheres de sopa de Frangelico, deixar evaporar. Apagar o lume e juntar a canela em pó e o restante licor (1 ½ colheres de sopa). Deixar arrefecer.

Numa tigela, misturar o mascarpone com as natas. Por fim, acrescentar a calda de açúcar, previamente coada (o objectivo não é eliminar completamente a canela, mas sim tirar um pouco para não se sentir demasiado a sua textura). Colocar na máquina de gelados.

Procedimento sem máquina: para obter um gelado cremoso e evitar a formação de cristais de gelo, colocar o creme no congelador e, quando este começar a dar sinais de que está a congelar, retirá-lo e batê-lo na batedeira, levando-o novamente ao congelador. Esta operação deve ser repetida 3 ou 4 vezes.

22/09/08

Bochechas de porco preto em vinho tinto e especiarias com puré de batata-doce

Nas minhas pesquisas, não encontrei muitas receitas de bochechas de porco preto, mas até foi bom, pois não me deixei condicionar por experiências alheias. Retive, no entanto, uma ideia: esta carne de porco alentejano (muitíssimo saborosa e tenra) conjuga-se bem com vinho tinto. Então, decidi estufá-la, num tacho de barro, com vinho tinto e juntar-lhe as especiarias que habitualmente a minha avó paterna usava na alcatra à moda da Terceira. Ficou uma maravilha, com entrada imediata para o meu Top Ten de receitas!

Já ouviram falar em fusão alentejo-açoreana? Eu também não, mas deve ser qualquer coisa assim:

Estufado:

600 g de bochechas de porco preto
(6 bochechas: 2 por pessoa)
1 cebola
2 ou 3 dentes de alho
Azeite q.b.
2,5 dl de caldo de legumes
2 dl de vinho tinto de boa qualidade
1 pau de canela
5 cravinhos (cravo-da-índia)
8 grãos de pimenta da Jamaica
¼ de colher de chá de cominhos
½ colher de chá de massa de malagueta (ou outro picante a gosto)
1 folha de louro
Sal

Puré:

750 g de batata doce
5 colheres de sopa de natas (usei espessas)
2 colheres de manteiga
Noz-moscada e sal q.b.

Limpar as bochechas do porco preto de peles e gorduras superficiais. Refogar ligeiramente a cebola cortada em meias luas finas e o alho esmagado. Juntar as bochechas e deixá-las cozinhar um pouco. Adicionar o vinho, o caldo e as especiarias. Deixar cozinhar em lume brando cerca de 1h30. Pode ser necessário juntar um pouco mais de caldo. Na hora de ir para a mesa, coem o molho e sirvam-no à parte.

De acompanhamento, decidi-me por puré de batata-doce, cujo adocicado casa na perfeição com o sabor forte deste estufado. Como só me lembrei do puré já muito perto da refeição, acabei por cozer a batata-doce (ao vapor), mas se o fizerem com tempo, experimentem assá-la no forno. Depois de cozida ou assada, é passar a batata pelo passe-vite ou usar o esmagador. Juntar a manteiga, as natas (ou leite) e mexer bem. Rectificar o sal e temperar com noz-moscada. Há quem junte gemas e claras batidas ao puré de batata, mas eu gosto dele assim.

20/09/08

Acabaram-se os figos :(


Esta receita é para aqueles últimos figuinhos do ano ;)

Ingredientes:
figos
mozzarella ou brie ou roquefort
presunto ou pancetta
mel
vinagre balsâmico
azeite
pimenta preta

Abrir os figos em estrela e colocar um pedaço de queijo no centro. Embrulhar os figos com o presunto e colocá-los num tabuleiro. À parte, misturar os restantes ingredientes e de seguida, deitar este tempero por cima dos figos. Levar ao forno até o queijo derreter e o presunto ficar estaladiço.

Não existe receita mais rápida!

19/09/08

Tarte de Atum à moda da minha avó

Esta é uma receita que a minha avó paterna costumava fazer durante as minhas férias de Verão, quando passávamos muitas horas na cozinha entre tachos e panelas, antes ou depois de umas horas – também elas bem passadas – nas praias de água morna e límpida dos mares açorianos. Continuo a passar muitas horas nas belas praias da ilha do Faial, mas as horas passadas na cozinha na companhia da minha avó já só as posso reviver na minha memória.

Publico-a a receita, não só pelo valor sentimental, mas também por considerá-la uma boa alternativa às quiches e tartes mais clássicas, pois o recheio é bem leve, fazendo lembrar um soufflé. Esta tarte pode ainda ser uma boa opção para aproveitamento de peixe cozido ou assado. Quanto à massa, usem uma receita do vosso gosto...eu comprei já feita, perdoem-me mas estava de férias...

Ingredientes:

1 embalagem de massa quebrada (230 g)
2 latas de atum (240 g – peso sem ser escorrido)
1 colher de sopa de manteiga ou azeite
Meia cebola picada
1 colher de sopa de farinha
2,5 dl de leite
3 ovos
1 colher de sopa de salsa picada
Sumo de limão
Sal

Refogar a cebola na manteiga, sem deixar queimar. Polvilhar com a farinha e misturar bem. Verter o leite, aos poucos, mexendo bem para não ficar com grumos. Deixar engrossar. Juntar o atum, previamente escorrido, a salsa picada, o sumo de limão e o sal. Bater levemente as gemas e juntá-las ao recheio de atum. Deixar arrefecer um pouco e juntar as claras batidas em castelo, cuidadosamente. Verter o recheio na massa da tarte e levar ao forno cerca de 30 minutos.

17/09/08

Folhadinhos de ameixa e queijo azul


Queria preparar um amuse-bouche diferente do clássico “tâmaras com bacon”... Decidi copiar uma receita da Elvira (usando a minha brilhante memória): ameixas recheadas com queijo azul... Recheei as ameixas com o dito queijo e, enquanto decidia se as levava ao forno ou não, fui espreitar o Elvira’s Bistrot para verificar o modo de preparação... Procurei, procurei, procurei e lá encontrei a receita, afinal não eram ameixas, mas tâmaras com queijo azul. Voltei para a cozinha e, já que tinha tomado outro caminho (por falta de memória e não por criatividade), decidi “vestir” as minhas ameixas com massa folhada (perdido por um...).

Pode parecer uma história para crianças – sem grande graça, aliás – mas somos adultos e vamos lá ler nas entrelinhas. Parece-me ponto assente que devemos citar as fontes sempre que replicamos uma receita que não é nossa. E quando se trata de pegar na ideia de alguém e dar-lhe novas roupagens ou interpretações? Será legítimo omitirmos a origem das nossas ideias? A minha resposta é uma: esta receita que vos deixo aqui é minha, mas também é, de certo modo, da Elvira, pois embora o resultado seja diverso, a verdade é que ela foi a minha fonte de inspiração.

Deixo aqui a receita, as medidas são a gosto.
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Ingredientes:
ameixas
(Stilton, Roquefort, Gorgonzola, Cabrales, Danish blue)
massa folhada
1 gema de ovo
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Fazer um corte lateral nas ameixas secas, retirar-lhes o caroço, recheá-las com um pedacinho de queijo azul e depois é envolvê-las em massa folhada. Pincelar com a gema, para dar uma corzinha, e levar ao forno até dourar. Podem comer mornas ou frias...gostei mais da segunda opção, pois sente-se mais o sabor do queijo. Bom apetite!
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PS: em resposta ao comentário da Mariana: ficaram muuuiiiito bons!

15/09/08

Tarte de figos e amêndoa

Depois de uma tarte de figo bem estival, aqui segue uma de características outonais... tenho deficuldade em decidir qual delas é a melhor...é uma boa ideia experimentarem as duas. O recheio desta tarte tem um sabor delicado a amêndoas e conjuga-se na perfeição com os figos. A massa demora um pouco a finalizar, já que tem várias idas ao frigorífico, mas é fácil de fazer...vale e pena a espera: o resultado é fantástico. Segui à risca a receita do blogue 64 ft sq Kitchen, quanto à preparação da massa, mas fiz pequenas alterações no recheio (somente quantidades).

Massa:

1 ¼ chávenas de farinha sem fermento
½ chávena de icing sugar
(açúcar em pó com uma percentagem de amido de milho)
¼ colher de sal
½ chávena de manteiga sem sal fria (aprox.110g)
2 gemas
1 colher sopa de natas

Recheio:

Figos q.b.
125 g de amêndoas moídas (pó fino)
⅓ chávena de açúcar
1 colher de sopa de farinha sem fermento
75 g de manteiga sem sal cortada aos cubos
(à temperatura ambiente)
2 ovos

No robô de cozinha, misturar em velocidade baixa, a farinha, o açúcar e o sal. Juntar a manteiga cortada aos cubos e misturar em velocidade baixa durante 20 segundos, até a massa ficar granulada. Com um garfo, bater ligeiramente as gemas e juntar as natas. Verter esta mistura no robô e bater até a massa ficar homogénea. Formar um disco de 15 cm com a massa, envolvê-la em película aderente. Vai ao frigorífico de um dia para o outro ou, no mínimo, 45 minutos.
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Estender a massa. Colocá-la numa tarteira de fundo amovível com 24 cm de diâmetro (usei uma de 22), previamente untada. Levar ao congelador 20 minutos. Retirar do congelador, cobrir a massa com papel de alumínio e encher com grão seco ou feijões. Levar ao forno a 200 graus, durante 15 minutos, ou até a massa estar seca. Retirar do forno, caso o papel de alumúnio esteja colado à massa (massa ainda húmida), levar mais 2 minutos ao forno e assim sucessivamente até a massa estar seca e o papel sair facilmente (não precisei de seguir este processo, pois ao cabo de 15 minutos a massa estava “no ponto”). Baixar o forno para 180 graus. Retirar o papel de alumínio e os pesos e levar ao forno mais 5 minutos.

Entretanto, preparar o recheio. No robô de cozinha, primeiro, misturar as amêndoas com o açúcar, depois juntar a farinha, a manteiga e os ovos e processar tudo. Espalhar o recheio na tarteira e colocar os figos, cortados em metades ou às rodelas. Cortei às rodelas (7 figos), mas depois achei que ficaria melhor se tivesse seguido a receita original, pois saberia mais a figo: usar 10 figos, cortados em metades e dispostos em dois círculos.

Levar ao forno entre 30 a 35 minutos (cozinhei 30 minutos em forno normal e 5 minutos no grill para dourar e sobretudo caramelizar um pouco os figos). Deixar arrefecer até retirar da tarteira.

12/09/08

Pie de carne com legumes e cogumelos

As minhas férias foram marcadas por várias experiências, esta foi mais uma: pie. Nunca tinha experimentado, pois tinha como hábito fazer as tradicionais tartes ou quiches, mas esta é uma óptima alternativa.
Mais um receita retirada da revista Saberes e Sabores nº 173 – Julho de 2008.

Ingredientes:
2 cebolas
50 g de margarina
2 dentes de alho
300 g de carne picada
1 colher de polpa de tomate
250 g de mistura de vários cogumelos
1 courgette
sal
pimenta
ervas de Provença
100 g de milho doce
1 a 2 colheres de sopa de farinha
2,5 dl de molho Bechamel
3 ovos
2 placas de massa para tarte

Descascar a cebola e picá-la finamente, colocar num tacho com a margarina, juntar a carne picada e deixar cozinha em lume brando, mexendo para não pegar. Juntar o tomate, os cogumelos (previamente lavados) cortados em pedaços. Lavar a courgette e ralá-la no crivo mais largo do ralador, juntar ao preparado da carne. Temperar com sal, pimenta e uma pitada de ervas (não exagerar nestas ervas pois têm um sabor muito “activo”).
Juntar o milho e a farinha e deixar evaporar toda a água do tacho. Retirar do lume, juntar o molho Bechamel e adicionar 2 ovos, mexendo rapidamente.
Barrar uma forma de 22 cm de diâmetro com margarina e polvilhar com farinha,. Colocar uma das placas de tarte. Cobrir com o recheio de carne e legumes, colocar a outra placa a cobrir e unir as pontas das 2 placas apertando bem com os dedos. Retirar o excesso de massa com uma tesoura. Pincelar a placa com o restante ovo batido e picá-la com um garfo ou ponta de uma faca. Levar ao forno durante 40 minutos ou até ficar dourada.

10/09/08

Tarte de figos e mascarpone com massa de farinha de milho e lavanda


A braços com a anual superabundância de figos em minha casa, declaro oficialmente aberta neste blogue a temporada do figo! A mrs pickles já a tinha pré-anunciado, com o cabeçalho de alusão a esta deliciosa fruta, mas só hoje é que publico a 1.ª de meia dúzia de receitas com a dita.

Esta tarte estival de figos foi adaptada daqui. Não fiz a calda de geleia e mel para pincelar os figos, por achar que ficaria demasiado doce. No entanto, se usarem outra fruta (sei que o figo tem tantos apaixonados, quanto detractores), por exemplo morangos, a calda poderá será uma boa opção.

Massa:

1 ½ chávena de farinha sem fermento
½ chávena farinha de milho
(usei fina, pois não encontrei o tipo de farinha solicitado na receita original)
1 colher de sopa de açúcar
¼ colher de chá de sal
½ chávena de manteiga sem sal, cortada aos cubos (cerca de 115 g)
1 colher de chá de lavanda
(ou 1 ½ colher de sopa de alecrim fresco, conforme receita original)
4 a 5 colheres de sopa de água gelada

Recheio:

Figos q.b.
(de acordo com o vosso paladar, criatividade e quantidade de fruta de que dispõem)
⅓ chávena de sourcream/natas azedas
(usei 1 embalagem de 150 g, pois achei o mascarpone demasiado espesso)
1 chávena de mascarpone (cerca de 225 g)
¼ chávena de açúcar
1 ½ colher de chá de raspa de limão

No robô de cozinha, misturar as duas farinhas, o açúcar e o sal. Juntar a manteiga e a lavanda até a mistura ficar granulada. Verter 4 colheres de sopa de água gelada e misturar até que fique incorporada na massa. Apertar um pedaço de massa entre a mão e, se não se mantiver agregada, adicionar mais ½ colher de sopa de água. Misturar. Caso a massa ainda não tenha a consistência desejada, juntar mais ½ colher de sopa de água.

Colocar a massa numa tarteira (cerca de 25 cm de diâmetro), pressionando com os dedos até que ela se adapte ao formato da tarteira. Com a parte de trás de uma colher de sopa enfarinhada, calcar a massa para que ela adquira a espessura desejada. Aparar o excesso de massa do rebordo da tarteira. Levar ao frigorífico 30 minutos. A seguir, vai ao forno pré-aquecido a 200 graus, entre 25 a 30 minutos.

Para o recheio, é só misturar bem todos os ingredientes numa tigela. Colocar o recheio na tarteira somente quando a massa estiver totalmente fria e dispor os figos a gosto (rodelas separadas, rodelas sobrepostas, metades...).

Nota: esta tarte fica bem melhor quando feita com antecedência. Por isso, 1 dia antes de servir, façam a massa (guardem-na num local fresco) e o recheio (reservem no frigorífico). Montem a tarte 1 ou 2 horas antes de servir e guardem no frigorífico (a massa, como foi feita com farinha mais fina do que a aconselhada na receita original tem alguma tendência para quebrar e uma ida ao frigorífico vai ajudá-la a estabilizar).

08/09/08

Gajar ka halwa (halva de cenoura)


Esta é uma das minhas sobremesas indianas favoritas, mas é raro encontrá-la na ementa dos restaurantes indianos lisboetas. Um bom incentivo para fazê-la em casa, portanto... O halva costuma ser feito com leite gordo, levando muito tempo ao lume até atingir a consistência desejada. Para agilizar o processo, há quem o faça até com leite condensado. Sem dúvida que me agrada tornar a receita mais rápida, mas a ideia de colocar leite condensado, neste caso particular, pareceu-me tremenda... por isso, decidi usar leite evaporado.


Ingredientes:

450 g de cenoura ralada (ralar no momento)
1 ½ colheres de sopa de manteiga
1 colher de spa de óleo
1 lata de leite evaporado (385 ml)
3 ou 4 colher de sopa açúcar (depende da doçura da cenoura e do gosto de cada um)
4 ou 5 cardamomos (vagem)
Sultanas a gosto
Pistachio a gosto (pode usar-se também amêndoa e/ou caju)
Numa caçarola, estufar a cenoura na mistura de óleo e manteiga, até amolecer um pouco. Juntar o pau de canela e o leite. Cozinhar em lume brando, mexendo sempre, até que a cenoura absorva o leite (entre 20 a 30 minutos). Retirar o pau de canela. Quebrar as vagens de cardamomo e esmagar as sementinhas no almofariz até reduzí-las a pó. Picar grosseiramente os pistáchios e as sultanas. Juntar o açúcar, o cardamomo em pó e os frutos secos ao creme de cenoura. Mexer bem e levar ao lume uns minutos. Pode-se servir a halva numa taça, enformar, como eu fiz, ou colocá-la num tabuleiro, deixá-la arrefecer, e servi-la cortada aos quadrados. Come-se quente ou fria, acompanhada de iogurte ou natas frescas batidas (esta parte, dispenso).

Nota: esta sobremesa, assim como é habitual na culinária indiana, leva ghee (manteiga clarificada). Quem não tiver, pode substituir por manteiga normal misturada com óleo. O óleo vai impedir que a manteiga queime.

03/09/08

Entrecosto grelhado com marinada de mel e limão

Este é o tipo de receita que vale pela simplicidade. Como podemos dar um toque diferente a uns pedaços de entrecosto, ao colocar uma boa marinada com mel e limão. É possível fazer receitas “saudáveis” e comuns com um toque de requinte…
Esta receita foi retirada da revista Saberes e Sabores nº 173 – Julho de 2008 (Convém frisar que não somos patrocinadas pela Vaqueiro – mas como não consigo levar todos os livros de culinárias para as férias, optei por uma escolha de revistas da Vaqueiro, daí a algumas das minhas experiências das férias terem sido retiradas daí).


Ingredientes:
800 g de entrecosto
sal
pimenta de moinho
alho de moinho
3 a 4 colheres de sopa de margarina líquida
2 colheres de sopa de mel
1 limão
tomilho fresco

Para o molho:
1 cebola
½ pepino
½ pimento verde
3 tomates maduros
2 colheres de sopa de vinagre
4 colheres de sopa de óleo
sal
pimenta

Temperar o entrecosto com sal, pimenta e alho. Misturar a margarina com o mel e o sumo do limão e deitar sobre o entrecosto. Salpicar com folhas de tomilho e deixar marinar, pelo menos, durante 30 minutos.
Colocar o entrecosto a grelhar (felizmente pude utilizar umas boas brasas, mas se não estiverem ao ar livre podem colocar o entrecosto no forno colocando para tal um tabuleiro com água por baixo da grelha e ir regando com o molho para não secar). A carne fica muito suculenta utilizando apenas este molho. A carne não fica com um sabor doce, mas fica muito mais apetitosa.
Numa tigela colocar: a cebola picada e o pepino, pimento e tomate em cubos pequenos. Esmagar parte do tomate e misturar com o vinagre e óleo. Temperar com sal e pimenta e algumas folhas de tomilho fresco. Acompanhar com o entrecosto.
Podem acompanhar com arroz branco ou com uma boa salada.

02/09/08

Travesseiros com doce de grão e amêndoa

Esta foi a minha primeira experiência com massa filo, cuja iniciação estava a adiar, por pensar que era itarefa difícil. O resultado foi positivo : até achei fácil de trabalhar as folhas (parece que estamos a trabalhar papel, mas muito mais frágil) e o sabor dos travesseiros é divinal.

Ingredientes:
200 g de grão cozido em conserva
Água
1 pau de canela
1 laranja
180 g de açúcar
100 g de amêndoa finamente ralada
6 gemas
5 folhas de massa filo
Vaqueiro liquida
(se não tiverem – que foi o meu caso – derretam
a margarina na altura que faz o mesmo efeito)
Canela em pó
Açúcar em pó

Passar o grão cozido por água para retirar a goma e colocar numa panela. Cobrir com água, juntar o pau de canela e 1 casca de laranja. Levar ao lume e deixar ferver suavemente durante 10 minutos.
Espremer a laranja e colocar o sumo da mesma num tacho com o açúcar. Levar ao lume deixar ferver suavemente cerca de 6 minutos.
Retirar o grão do lume, escorrer a água e com a varinha mágica reduzir a puré. Juntar a calda do açúcar com laranja a este puré e a amêndoa picada. Adicionar as gemas uma a uma, mexendo sem parar entre cada adição. Levar ao lume até engrossar um pouco este puré.
Colocar o doce numa tigela e deixar arrefecer totalmente.
Forrar o tabuleiro de ir ao forno com uma folha de papel vegetal e pincelar esse papel com margarina (para os travesseiros não colarem). Colocar uma folha de massa, pincelar com margarina e cortar em 3 tiras (eu utilizei uma tesoura de cozinha). Dobrar cada tira de massa ao meio, colocar o recheio e voltar a dobrar (para unir as pontas e molhei os dedos em água e passei na massa).
Pré-aquecer o forno nos 200º e deixar os travesseiros a alourar cerca de 10 minutos ou até a massa ficar estaladiça.
Retirar do forno, deixar arrefecer e polvilhar com açúcar e canela em pó (costumo utilizar um passador do leite – coloco o açúcar e a canela que se misturam à medida em que o agito por cima dos travesseiros).
Retirei esta receita da revista Saberes e Sabores nº 167 – Janeiro de 2008.